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«3 de outubro. Os três temerários exploradores desceram hoje, contra a minha vontade e conselhos, ao fundo do oceano, dentro de seu aparelho e o acidente que eu previra teve lugar. Deus guarde suas almas. Eles desceram às onze da manhã com alguma relutância de minha parte, pois parecia avizinhar-se uma tempestade. Desejava ter agido de acordo com meu primeiro impulso, mas isso só serviria para adiar a inevitável tragédia. Despedi-me de cada um deles com a convicção de que não os veria mais. Durante algum tempo tudo correu bem e às onze e três quartos eles haviam atingido a profundidade de trezentas toesas, tendo então encontrado o fundo. O Dr. Maracot enviou-me várias mensagens e tudo parecia em ordem quando repentinamente ouvi sua voz falando agitadamente e notei abalos violentos do cabo. Dali a alguns instantes este arrebentava. É bem possível que estivessem a este tempo sobre um profundo abismo, pois, a uma ordem do doutor o navio havia navegado lentamente para a frente. Os tubos condutores de ar continuaram a desenrolar-se por uma distância que calcularia em meia milha, quando por sua vez rebentaram. É esta a última notícia que jamais poderemos ter do Dr. Maracot, Sr. Headlei e Scanlan.
Merece todavia ser recordada uma circunstância das mais extraordinárias, cuja verdadeira significação ainda não tive tempo de avaliar, pois com este temporal que se aproxima há muita coisa para me distrair a atenção. Uma sondagem fora feita na mesma ocasião e a profundidade que observamos foi de vinte e seis mil e seiscentos pés. Como é lógico, o peso ficara no fundo, mas o cabo fora içado e, por mais incrível que possa parecer, encontrou-se amarrado bem na extremidade do mesmo o lenço do Sr. Headlei, com seu nome escrito num ângulo. Toda a tripulação se acha assombrada e ninguém pode compreender como tal coisa se deu. No meu próximo registro pode ser que tenha r alguma coisa mais a dizer a este respeito. Permanecemos ali algumas horas na esperança de que alguma coisa viesse à superfície e recolhemos o cabo da caixa de aço, cuja extremidade apresentava sinais de ruptura violenta. Preciso agora cuidar do navio, pois nunca vi um céu mais ameaçador e o barômetro marca 28,5, estando a descer rapidamente.»
E foram essas as últimas notícias que nos vieram das mãos de nossos companheiros. Logo depois um ciclone terrível deveria ter desabado sobre eles e posto a pique o navio.
Permanecemos no mesmo até que uma certa sensação de abafamento e um peso sobre o peito nos avisou de que era tempo de regressarmos. Foi então que em nossa viagem para casa uma aventura inesperada nos mostrou os grandes perigos a que aquele povo submarino estava exposto, explicando a causa por que seu número, apesar do tempo decorrido, não era maior. Incluindo os escravos gregos, cremos que não seriam mais que quatro ou cinco mil pessoas. Havíamos descido a escada e começáramos a contornar o matagal de plantas marinhas que cerca os rochedos de basalto, quando Manda apontou agitadamente para cima e acenou furiosamente para um dos nossos companheiros que se achava um pouco afastado do grupo. Ao mesmo tempo ele e os que o cercavam correram para o abrigo de umas altas pedras, arrastando-nos consigo. Só quando já nos achávamos refugiados lá com eles é que vimos a causa do alarma. A alguma distância acima de nós, descendo rapidamente, vimos um grande peixe de forma extravagante. Parecia um grande colchão de penas flutuante, macio e espesso, com a face inferior branca e uma longa franja vermelha, cuja vibração o propelia através da água. Parecia não ter boca nem olhos, mas logo mostrou que se achava terrivelmente alerta. O nosso companheiro que se distanciara mais correu para o mesmo abrigo que nós, mas já era tarde. Vi seu rosto convulso de terror ao prever a sorte que o esperava. Aquele ente horripilante abateu-se sobre ele, envolvendo-o por todos os lados e dando horríveis repelões, como se estivesse malhando seu corpo contra as rochas de coral para reduzi-lo a pedaços. A tragédia se estava passando a poucas jardas de distância de nós e contudo nossos companheiros estavam tão transtornados pelo inesperado fato que pareciam destituídos de todo o poder de ação. Foi Scanlan que se precipitou para fora, e, pulando sobre as largas costas do animal, malhadas de vermelho e pardo, enterrou em seus tecidos fofos a extremidade pontuda de sua vara metálica.
Eu havia seguido o exemplo de Scanlan e finalmente Maracot e todos os outros atacaram o monstro que se escapou vagarosamente, deixando atrás de si um rasto de uma excreção oleosa e pegadiça. Nosso auxílio, contudo, chegara tarde demais, pois os golpes do grande peixe haviam quebrado o invólucro de vidrina do atlante e este se afogara. Foi um dia de luto aquele em que carregamos seu corpo inanimado para o refúgio, mas foi também um dia de triunfo para nós, pois nossa intervenção pronta elevara-nos grandemente no conceito de nossos companheiros. Quanto àquele estranho peixe, o Dr. Maracot nos garantiu que era um espécime análogo ao chamado peixe cobertor, já bem conhecido dos ictiólogos, mas de proporções extraordinariamente maiores.
Falei deste animal porque sucedeu havermos presenciado uma tragédia causada por ele, mas eu poderia — e talvez mesmo o faça — escrever um livro sobre as singulares variedades de vida com que ali deparamos. O vermelho e o negro são as cores que prevalecem nos animais das grandes profundidades; quanto à vegetação é de um verde oliva dos mais pálidos e de fibras tão rígidas que raramente são arrastadas à tona por nossas redes de arrasto, de modo que a ciência veio a crer por isso que o leito do oceano é completamente desprovido dela. Numerosos seres marinhos são lindíssimos, mas outros são tão horrivelmente grotescos que parecem visões de delírio e tão ameaçadores como nenhum animal terrestre. Vi uma arraia negra de trinta pés de comprimento que se utilizava para o ataque de sua longa cauda, de que bastaria um só golpe para matar qualquer criatura viva. Vi também um animal parecido com uma rã, de olhos verdes e salientes, que se resumia quase a uma ávida boca com um desmedido estômago atrás. Encontrá-lo é morte certa, a não ser que se tenha uma lanterna elétrica com que o repelir. Vi a enguia vermelha cega, que vive entre as rochas e mata pela emissão de um veneno e vi também o gigantesco escorpião marinho, um dos terrores do pélago e o peixe elétrico que se embosca nos matagais marinhos.
Uma vez também tive oportunidade de ver a verdadeira serpente marinha, um animal que raramente tem aparecido a olhos humanos, pois vive nas grandes profundidades e só é vista na superfície quando alguma convulsão submarina a faz sair de seu habitai. Duas delas passaram nadando, ou melhor, rastejando por nós um dia, enquanto Mona e eu nos ocultávamos entre ramificações de lamelárias. Eram enormes — de uns dez pés de altura por duzentos de comprimento, pretas em cima, de um branco de prata na face inferior, com uma grande franja sobre as costas e olhos pequenos, pouco maiores que os de um boi. Desta e de muitas outras coisas encontrar-se-á detalhada descrição no relatório do Dr. Maracot, se algum dia for encontrado.
As semanas se sucediam às semanas. Nossa nova vida tornara-se-nos agradável com o tempo e lentamente começávamos a aprender desta língua há muito esquecida o suficiente para podermos conversar um pouco com nossos companheiros. Há no refúgio inumeráveis objetos para estudo e Maracot já conseguiu aprender de sua velha química o suficiente para revolucionar todas as idéias terrestres sobre o assunto, se conseguir transmitir seus conhecimentos. Entre outras coisas eles conseguiram meios de desintegrar o átomo, e se bem que a energia desprendida seja menor que a prevista por nossos cientistas, mesmo assim põe-lhes em mãos um grande reservatório de força. Seus conhecimentos sobre as propriedades e a natureza do éter estão também muito mais adiantados que os nossos e mesmo aquela estranha transformação do pensamento em imagens, por cujo meio lhes havíamos contado nossa história e eles a sua própria, nada mais era, em última análise, que a materialização de vibrações etéreas.
Todavia, apesar de seus conhecimentos profundos, havia certos pontos relacionados com modernas descobertas científicas que haviam escapado à atenção de seus antepassados.
Coube a Scanlan demonstrar este fato. Durante várias semanas o víramos num estado de desusada agitação, a custo contida, como quem carrega consigo um grande segredo, e não raro o surpreendíamos a rir consigo mesmo. Apenas o víamos de vez em quando durante este período, pois ele estava extremamente ocupado e seu único amigo e confidente era um atlante de nome Berbrix, encarregado de uma seção dos maquinismos. Scanlan e Berbrix, se bem que quase só se comunicassem por meio de sinais e tapas amistosos nas costas, haviam-se tornado muito bons amigos e agora viviam continuamente juntos. Uma tarde Scanlan nos apareceu radiante.
— Doutor, disse ele a Maracot, arranjei uma coisa nova para mostrar a essa gente. Eles nos mostraram uma ou duas coisas interessantes e parece que já é tempo de retribuirmos. Que acha de se arranjar uma reunião amanhã à noite para uma exibiçãozinha?
— Jazz ou charleston? perguntei.
— Que charleston nada! Espere que verá. Será um sucesso formidável. Mas basta de palavrórios por enquanto, Bo. Amanhã verá o que é.
De conformidade com isto, a comunidade foi reunida na noite seguinte no salão grande. Scanlan e Berbrix se achavam na plataforma, radiantes de orgulho. Um deles apertou um botão e no mesmo instante…
— «Transmite 2L.O.», gritou uma voz clara. «De Londres para as Ilhas Britânicas. Previsão do tempo». Seguiram-se as fórmulas habituais sobre depressões e anticiclones. «Boletim de Notícias. Sua Majestade o Rei inaugurou esta manhã uma nova ala no Hospital de Crianças de Hammersmith…» e assim por diante, de modo usual. Parecia achar-monos de novo na velha Inglaterra laboriosa, entregue como de costume ao seu trabalho diário e com as largas costas curvadas sob o peso de suas dívidas de guerra. Ouvimos em seguida as notícias do estrangeiro e de esportes. O velho mundo continuava sempre o mesmo. Nossos amigos atlantes ouviam cheios de espanto, mas sem compreender. Mas quando, após o noticiário, a banda da Guarda rompeu os primeiros acordes da marcha do Lohengrin, um verdadeiro clamor de entusiasmo elevou-se do povo e era engraçado vê-los correr para a plataforma, remexendo as cortinas e olhando atrás das telas para descobrir donde vinha a música. Sim, nós imprimimos imperecíveis sinais nossos naquela civilização submarina.
— Não, doutor, disse Scanlan mais tarde. Não me era possível fazer uma estação transmissora. Eles não têm os materiais necessários nem eu os conhecimentos. Mas lá em casa eu sabia manejar um aparelho de duas válvulas meu, e com uma antena ao lado dos varais de roupa no terreiro pegava qualquer estação dos Estados Unidos. Parecia-me absurdo que com toda esta eletricidade em mãos e com a habilidade desta gente em trabalhos de vidro, não fôssemos capazes de construir uma coisa qualquer capaz de apanhar umas ondas de rádio, pois decerto elas atravessariam a água com tanta facilidade como o ar. Berbrix quase teve um ataque quando peguei uma estação pela primeira vez, mas agora parece que já está acostumado.
Entre as descobertas dos químicos atlantes conta-se um gás que é nove vezes mais leve que o hidrogênio e que Maracot batizou com o nome de levigênio. Foram suas experiências com o mesmo que nos sugeriram a idéia de lançar bolas de vidro com informações sobre nosso destino para a superfície do oceano.
— Fiz Manda compreender minha idéia disse-me ele. Já deu ordens para os encarregados de trabalhos em sílica, e dentro de um ou dois dias os globos estarão prontos.
— Mas como poderemos pôr-lhes dentro os papéis? objetei.
— Haverá uma pequena abertura para a penetração do gás. Enfiaremos os papéis por ela e estes habilidosos operários poderão então fechar o orifício. Estou certo de que quando as largarmos elas subirão para a superfície.
— E flutuarão sem serem vistas por um ano.
— É possível. Mas a bola refletirá os raios solares e assim certamente chamará a atenção. Nós nos achávamos no caminho dos navios que correm entre a Europa e a América do Sul. Não vejo razões por que, se mandarmos várias, uma pelo menos não seja encontrada.
E eis aí, meu caro Talbot, ou vós outros que ledes esta narrativa, como foi esta ter às vossas mãos. Mas é bem possível que disto ainda nasçam conseqüências maiores. Foi do cérebro fértil do mecânico americano que nos veio a idéia.
— Olhem, amigos, — disse ele uma vez em que nos achávamos a sós em nosso quarto, — não há dúvidas que estamos muito bem aqui; a comida é boa, o vinho é bom e encontrei uma pequena que ganha de todas de Filadélfia, mas apesar de tudo há vezes em que tenho vontade de tornar a ver a verdadeira terra de Deus.
— É bem possível que todos nós pensemos assim, disse eu, mas não compreendo que esperanças possas alimentar de o conseguir.
— Diga-me uma coisa, Bo: não acha que se essas bolas de gás podem levar para cima nossas mensagens talvez possam levar também nossas pessoas? Não pense que estou brincando; estou falando sério. Reunindo umas três ou quatro delas já seria suficiente para nos elevar. Vestimos então nossas campanas de vidro, amarramo-nos nas bolas e bastará soltá-las para subir. O que nos poderá barrar o caminho até à superfície?
— Um tubarão talvez.
— Que tubarões nada! Passaríamos tão depressa por qualquer deles que mal nos veriam. Pensariam que éramos apenas três raios de luz. Creio que haveríamos de pegar tal velocidade que pularíamos a cinqüenta pés de altura no ar quando chegássemos lá em cima. Garanto que o marinheiro que nos visse subir assim faria na mesma hora uns vinte sinais da cruz.
— Mas supondo isso possível, o que sucederá depois?
— Por São Pedro, deixe o depois de lado! Vale a pena arriscar. Por mim eu estou pronto a tentar a sorte.
— Eu também desejo muito voltar ao mundo nem que seja apenas para apresentar nossas observações às sociedades científicas, disse Maracot. Só a minha influência pessoal os poderá convencer da importância dos novos conhecimentos que adquirimos. Eu veria com bons olhos qualquer tentativa para isso.
Havia boas razões, como explicarei mais tarde, para me tornar o menos entusiasta dos três.
— Seria uma loucura rematada. Se não tivermos alguém à nossa espera na superfície, vogaremos à toa de um lado para outro até morrermos de fome e sede.
— Mas, homem, como poderíamos ter alguém à nossa espera?
— Talvez mesmo isso se possa arranjar, disse Maracot. Poderemos dar a latitude e longitude exatas de nossa posição com aproximação de uma ou duas milhas.
— E eles então jogarão uma escada, disse eu um tanto amargamente.
— Qual escada, qual nada! O doutor tem razão. Olhe, Sr. Headlei, ponha naquela carta que está mandando para o universo — Deus meu! só queria ver as notícias dos jornais! — que nós estamos a 27° de latitude norte e 28°14′ de longitude oeste ou qualquer outra coisa mais exata. Compreendeu? Dirá então que três das figuras mais importantes da história, o grande cientista Maracot, o futuro colecionador de bichos Headlei e Bob Scanlan, um mecânico destemido e o orgulho de Merribank, estão todos chorando e uivando por socorro cá embaixo, no fundo do mar. Compreendeu minha idéia?
— Muito bem, e daí?
— O resto é por conta deles. É um apelo que eles não poderão esquecer. Será mais ou menos como o caso que li da viagem de Stanley, para salvar Livingstone. Cabe a eles achar algum modo de nos pescar daqui ou de nos apanhar lá do outro lado se pudermos dar o pulo sozinhos.
— Nós mesmos poderemos sugerir o meio, disse o professor. Eles poderiam atirar uma sonda nestas águas. Nós estaríamos à espera dela, e, quando viesse, amarrar-lhe-íamos embaixo um bilhete recomendando-lhes que esperassem por nós.
— Ótima idéia! exclamou Bill Scanlan. É o melhor que temos a fazer.
— E se alguma senhora quisesse partilhar nossa sorte, tanto poderiam ir quatro como três, disse Maracot, olhando-me com um sorriso brejeiro.
— Quanto a isso, cinco é tão fácil como quatro, disse Scanlan. Mas está resolvido então, Sr. Headlei. Escreva isso que lhe garanto que dentro de seis meses estaremos de volta ao Tâmisa.
Assim, vamos agora lançar nossas duas bolas a esta água que é para nós o mesmo que o ar para ti. Nossos dois pequenos globos de vidro irão subir. Serão destruídos no caminho? É possível. Ou podemos esperar que alguém os recolha na superfície? Deixamos isto nas mãos dos deuses. Se nada puder ser feito por nós, pelo menos que aqueles que nos estimam saibam que estamos vivos e felizes. Se por outro lado esta sugestão puder ser aproveitada e conseguidos o dinheiro e energia necessários para a empresa, teremos proporcionado os meios que possibilitam sua realização. Enquanto isso, adeus — ou será até à vista?
Assim terminava o manuscrito encontrado na bola de vidrina.
A narrativa precedente dava conta de todos os fatos que haviam chegado ao nosso conhecimento e já estes papéis se achavam em mãos do editor quando sobreveio um epílogo dos mais inesperados e sensacionais. Refiro-me à salvação dos protagonistas desta aventura pelo «Marion», o iate movido a vapor do Sr. Faverger, e do relatório enviado pelo radiotelegrafista desse navio e captado pela estação receptora das Ilhas de Cabo Verde, que o transmitiu à Europa e América. Este relatório fora redigido pelo sr. Key Osborne, o conhecido representante da Associated Press.
Parece que imediatamente após haver chegado à Europa a primeira notícia sobre o paradeiro do Dr. Maracot e seus amigos, uma expedição havia sido cuidadosa e eficientemente aprestada com o fim de tentar sua salvação. O Sr. Faverger pusera generosamente o seu famoso iate à disposição de seus organizadores, tomando parte pessoalmente na dita expedição. O «Marion» partiu de Cherburgo em junho, recebeu a bordo em Southampton o Sr. Key Osborne e um operador cinematográfico e seguiu imediatamente para o ponto do oceano indicado no documento original. Este foi alcançado no dia primeiro de julho.
Uma sonda de grandes profundidades foi lançada e lentamente arrastada pelo fundo do oceano. Na sua extremidade, ao lado de pesado lastro de chumbo estava suspensa uma garrafa contendo uma mensagem. Esta dizia: «Sua narrativa foi recebida pelo mundo e aqui estamos para auxiliá-los. Enviamos esta mesma mensagem pelo rádio na esperança de que a possam captar. Cruzaremos lentamente a região. Depois que retirarem esta garrafa queiram colocar nela sua resposta. Agiremos de conformidade com suas instruções».
Durante dois dias o «Marion» navegou lentamente de um para outro lado sem resultado. No terceiro uma grande surpresa esperava o grupo de salvadores. Uma pequena bola resplendente pulou da água a algumas centenas de jardas do navio e pudemos ver depois que era um globo vítreo oco, da espécie que fora descrita no documento original. Quebrando-a com alguma dificuldade, leu-se a seguinte mensagem: